sexta-feira, 16 de abril de 2010

Pedaços de amor desgrenhado


É tão cruel as vezes ter sentimentos...E pior que isso é quando nossas esperanças são simplesmente varejadas ao infinito como se fosse nada o que passou.
Muito dói também ver o mesmo acontecer com outra pessoa tudo aquilo que se acreditava que era único e insuperável. A certeza é única e indiscreta: As mesmas frases serão ditas, a outrem, talvez com a mesma intensidade que a mim foi transmitido. Tudo será feito com outros, tudo será exatamente como era comigo, só que sem eu na história. Sem o Pierrot chorão. Só o Arlequim, sagaz e a bela Colombina.
Clichês a parte, não vamos nos deixar perder nas velhas e desgrenhadas desculpas de "diferenças". Diferenças estão por aí justamente para isso: Serem reduzidas a pó como pedras.
Como uma paixão que bate forte sem parar, segue o desfile e a agremiação não pode deixar que buracos se abram para não ser penalizada em harmonia e evolução. Quero muito o bem daquele que se foi, obvio que resta ainda aquele sabor de ressentimento e rejeição na boca desejando a não sorte no que se inicia sem mim, mas que o destino se encarregue de mostrar "com quantos nós se faz uma rede"!
Respirar e pensar em mim, não foi isso que aconteceu, se não o tempo todo? Então nada mais justo que fazer o mesmo! A lembrança não é como uma lampada que se apaga ao sair de um comodo, mais parece uma chama que arde no peito insistentemente. Mas nada que um balde d'agua não possa fazer!
Enfim, agora somos eu e meus sonhos. Apenas nós, nada mais...Afinal, precisarei de algo mais que isso? Pierrots são apenas sonhos, nada mais!

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